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lyrics

Letra de Manuel Cintra

E dói-me esse rio de já me não amares
de já me não quereres assim como eu te quero
de não sobressaltares porque sou eu que te espero
em esquinas de lágrima ou sorriso
foi-se o amor chegou o siso
e eu
não nasci para ter juízo


E dói-me o teu ventre que não afago
como quem depois de amanhã se afoga
e hoje apenas está, dê para o que der
e doa a quem doer


Passam sanguessugas pelos trilhos da memória
umasmortas, outras vivas,
e outras são glória
de já não existir e teimar em persistir
e eu vou ao vento, sou palmeira seca,


teimoso, frágil teca de cetim
uns dias teu, outros assim assim


E dói-me o teu ventre que não afago
como quem depois de amanhã se afoga
e hoje apenas sente, e já pouco quer
para além de seres mulher


E sei que já não sinto o que senti nem sei quem sou
mas seja eu quem for fazes-me falta,
ainda és música, e nada sei cantar


Mas dói-me o teu ventre que não afago
como quem não sabe nadar
e hoje é de festa, amanhã é de mar
é de mar

credits

from Inner Voice - 2018 (acoustic), released April 11, 2018

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Teresa Gabriel Lisboa, Portugal

Singer, songwriter, guitarist, composer, sound healer, music teacher.
Inspired by life, dreams, travels, shamanism and yoga, Teresa's music takes us on emotial journeys.
With a healing and inspiring voice, a unique and inventive guitar style, and crafted and original compositions.
Influences come from celtic-folk, world music, chill out and ambient, medicine music, sacred activism and nature.
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